sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

História de Valores - Solidariedade

A Noite de Natal


Era uma vez uma menina chamada Mariana. Ela não tinha amigos, brincava sempre sozinha a fazer casas para os duendes.
Quando os meninos e meninas iam a sua casa a menina não lhes chamava amigos, mas sim visitas.
Os meninos e meninas troçavam de Mariana o tempo todo e ela sentia-se triste. Quando eles se iam embora ela ficava contente, porque gostava mais de estar sozinha.


Numa bela manhã, a menina estava empoleirada na varanda da sua casa e viu um rapazinho a passar no caminho. Mariana chamou o menino e perguntou-lhe se queria brincar com ela. O menino Bernardo aceitou.
Daí em diante todas as manhãs o menino ia brincar com a Mariana. A menina sentia-se muito feliz a brincar com o Bernardo.


Passado algum tempo, chegou o Natal. A mariana na Véspera de natal acordou e vestiu-se muito bem. Saiu do seu quarto e ouviu vozes de pessoas adultas na cozinha.
Nesse dia a menina não podia entrar na cozinha então foi à sala ver se a mesa já estava enfeitada.
A Mariana estava muito contente por ser Natal.


Chegou a noite…. E a Mariana pensou ir ao jardim, ver as estrelas, porque nos dias de festa eram diferentes.
Abriu a porta de casa e arrepiou-se, porque ali passava o frio. A menina estava feliz, porque a noite estava muito bonita. Voltou para casa e perguntou à sua empregada Amélia, que estava na sala, se o comer estava pronto.
Amélia era a cozinheira e a pessoa mais importante para a Mariana.
Quando Amélia se debruçou para falar com Mariana, viu-se dois perus recheados em cima da mesa.
Mariana perguntou a Amélia se o amigo Bernardo ia ter presentes, mas ela abanou a cabeça e disse que não.
A menina compreendeu porque a cozinheira era mais velha que ela e conhecia o mundo.


Entretanto chegaram os primos de Mariana e ela foi ter com eles. Assim começava o jantar de Natal.
Mariana pensava que Amélia se tinha enganado e que no dia seguinte o Bernardo contava-lhe tudo há cerca do seu Natal.
Quando acabaram de jantar foram todos sentar-se à volta da lareira. A mariana alegrava-se com os enfeites de Natal.
Um dos seus primos chamou-a para perto da lareira. E a menina começou a abrir as prendas.


Mais tarde, saíram todos de casa para ir à missa do galo. A menina e a Amélia foram as únicas que ficaram em casa.
A Mariana foi ter com a cozinheira e calou-se.

Passado algum tempo, a menina perguntou á cozinheira como teria sido o natal do Bernardo. E ela respondeu-lhe que o Natal do Bernardo foi um dia como os outros, comeu uma sopa e um pouco de pão e não recebeu prendas.


Mariana foi deitar-se… Mas quando olhou para as prendas e pensou eu tenho tantas prendas e o meu amigo não recebeu nenhumas. Posto isto decidiu ir dá-las ao Bernardo….E assim foi a Mariana vestiu o casaco e saiu de casa.
A menina andou por pequenos caminhos e chegou a muitos campos, mas como não sabia o caminho decidiu seguir uma estrela.
Enquanto caminhava… ouviu passou e assustou-se, eram três reis que também seguiam a estrela.


Caminhavam os quatro, de repente a estrela parou e por isso eles também pararam.
Mariana olhou em frente e viu…. O Bernardo a dormir alegre entre um burro, uma vaca e os anjos. Era assim o natal do Bernardo, iluminado pelos anjos.
A menina deixou ali as prendas e foi-se embora para casa muito feliz.


Fim

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Histórias de Valores - Partilha

Quem comeu as minhas uvas?


Era uma vez um agricultor chamado Afonso que vivia numa quinta muito muito grande. Nessa quinta ele tinha alguns animais e conhecia-os a todos pelo nome. A pata Margarida muito vaidosa com os filhotes todos atrás, o boi Pimpão que era muito comilão, a galinha Pulqueria que esgravatava, esgravatava a horta toda, o coelho Octávio que saltava sem parar, a cadela Pandora e o seu namorado Farrusco que guardavam a quinta, o gato Tobias que passava o tempo a dormir e o burro Jericó que era muito falador e ajudava em tudo na quinta.

Na quinta o Senhor Afonso também tinha uma vinha cheia de uvas.
As crianças que passavam por lá iam comer algumas uvas que eram muito doces mas o agricultor não sabia.
Certo dia, o Senhor Afonso, enquanto apreciava as suas uvas, viu umas crianças a comê-las ás escondidas.
Quando foi atrás delas, as crianças já tinham fugido e algumas uvas desaparecido.
O dono da quinta, pensou:
- Ora bem, se as crianças estiverem sempre a comer as minhas uvas, depois não vai haver para mim!

Então resolveu pôr fim àquela brincadeira de mau gosto e colocam rede à volta da vinha para as crianças não irem lá comer as uvas.
Mas, para além das crianças, uns passarinhos atrevidos e gulosos adoravam ir lá petiscar as uvas, o homem ficou furioso com aqueles malditos pássaros.
À noite não conseguia dormir, pois só pensava que lhe podiam roubar as uvas.

De manhãzinhas, foi logo vendê-las no mercado. Pegou na sua carroça que era puxada pelo burro Jericó e pôs-se ao caminho, mas o azar era tanto, que a velha carroça tinha um buraco e as uvas caíram por lá.
- Ah! As minhas ricas uvinhas desapareceram! - Disse ele
Voltou para a quinta pelo mesmo caminho, muito triste e viu raposas a comer uvinhas, pássaros a darem-nas às suas crias e os vizinhos consolados a comê-las.

No dia seguinte, quando os vizinhos lhe trouxeram prendas, em sinal de agradecimento, o agricultor compreendeu que ser egoísta não dá felicidade a ninguém e que é importante partilhar o que temos com os outros.

Fim

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

História de Valores - Amizade

O Dinossauro Rabugento


Era uma vez um dinossauro muito muito rabugento e feio, nunca lavava os dentes e vestia roupas muito sujas e velhas. Ele vivia sozinho numa casa de madeira protegida por uma vedação muito alta e com um portão fechado a sete chaves no meio da floresta.
O rabugento não tinha amigos e afastava todas as pessoas que se aproximavam da sua casa com um grito muito forte.


Perto da floresta havia uma aldeia onde viviam duas crianças que se chamavam Ana e Bernardo. Um dia eles foram à floresta procurar um sítio para brincar. Andaram, andaram, até que chegou a noite e o bernardo e a Ana ficaram perdidos na floresta cheios de fome, sede e frio.
No outro dia, os meninos encontraram a casa do dinossauro.


O dinossauro rabugento começou logo a gritar, mas os meninos não tiveram medo, até estavam felizes por encontrar alguém.
O Rabugento teve pena deles e levou-os para sua casa. Fez um lume para os aquecer, deu-lhes de comer, beber e brincou com eles. Nesse tempo o dinossauro não estava rabugento. Estava muito contente por ter os meninos na sua casa.
O Bernardo e a Ana ficaram alguns dias na casa do dinossauro. Mas depois lembraram-se que os pais estavam preocupados e pediram ao dinossauro que os levasse a casa.
No dia seguinte, o dinossauro foi levar os meninos a casa, mas teve de fugir rápido porque as pessoas estavam a ficar assustadas.


No outro dia, o rabugento recebeu uma carta de uma festa em honra dele, porque os meninos tinham contado o que se tinha passado aos pais e a todas as pessoas da aldeia.
O dinossauro vestiu um fato vermelho ás pintas, lavou os dentes e pôs um laço muito colorido e foi para a festa.
Quando lá chegou, trataram-no muito bem e ele disse que nunca mais ia ser rabugento.
O dinossauro descobre, assim, como é bom ajudar as pessoas e merecer a sua amizade.


FIM